07 abril, 2011

Um lugar de paz

Um lugar distanciado da movimentação natural das 21h, momento onde todos saem para o intervalo; é assim que encontrei esse lugar, atrás do Teatro UNIMEP.

Um lugar que impossibilita uma precisão quanto ao tamanho, pois se estende a outros lugares, como blocos, biblioteca e capela, dependendo da onde você está. Ligado ao estacionamento A da faculdade, há uma imensidão de veículos parados, como se estivéssemos em um show de uma banda extremamente conhecida e o público representasse os carros.

Segundo Gilberto Souza, um homem de meia idade, baixinho com uma barriga avantajada, motorista da van branca, adesivada como escolar, ele não gosta do lugar por ser muito frio e com muito vento, em todas as épocas do ano. Afirmou que só fica ali por ter que cuidar do veículo, por obrigação.

Colorindo o ambiente com um tom de verde, único das plantas, avistei aquele tapete natural que separava o concreto do meio ambiente, que estava sobre um leve declive– como naqueles onde crianças escorregam sentadas em pedaços de papelão – , as palmeiras (ao todo, oito) – ou seriam coqueiros? – que tinham suas folhas balançadas pelo vento, que não cessava seu movimento por nenhum instante e fazia com que elas emitissem um som que só pode ser ouvido no mais gostoso silêncio, como em um fim de semana na fazenda, longe de movimentos, carros e poluições sonoras.

Assim como o som das folhas e árvores, o aroma do lugar também se assemelhava a de um fim de semana no campo, longe da poluição. Pude sentir o cheiro do ar, puro. Aquele que você puxa ele, enche o pulmão e solta com o maior gosto sem ter o nariz irritado ou sentir uma gota de poluição entrando em você. Foi como estar em outro lugar, diferente do de Piracicaba.

Outra comparação que posso dar é em relação com a vista que podemos ter ao olhar para o céu. Sabe quando você está em um passeio noturno pela praia, mas dessas praias mais ecologicamente corretas, sem luzes artificiais ou iluminações intensas, e as estrelas são quem te iluminam? É justamente assim que me sinto lá.

Mesmo com uma iluminação artificial baixa, se você olhar para cima irá se deparar com o céu mais estrelado da cidade – falo isso porque até hoje não encontrei nenhum lugar mais estrelado do que aqui. É uma infinidade de estrelas que te fazem ficar simplesmente maravilhado. Coisa impossível de se ter andando pelo centro da cidade, devido às fumaças e grande quantidade de luzes artificiais.

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