22 julho, 2011

.


"Pra mim, e isso pode ser muito pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta. E eu acho — e posso estar enganado — que é isso que você não tá conseguindo fazer. Como é que é? Vai ficar com essa náusea seca a vida toda? E não fique esperando que alguém faça isso por você. Ocê sabe, na hora do porre brabo, não há nenhum dedo alheio disposto a entrar na garganta da gente."
Caio F.

21 julho, 2011

.

"Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso, sim, acredito até o fim. O destino da felicidade, me foi traçado no berço." Caio F.

18 julho, 2011

Grandes Amores

"É, você me pergunta por que choro quando ouço “Resposta ao tempo", vou te contar.

Como digo em Usufruto, grandes amores não são para serem vividos e sim para gente saber que existem.
E no processo natural das coisas, na mesma proporção que nos entregamos a esse amor e desfrutamos da alegria de saber que se é merecedor de tal sentimento, a dor que vem da impossibilidade de vivê-lo tem a mesma proporção de senti-lo.
Também já tive falta de ar por meu amor estar por perto a ponto de ter a certeza que só respirando o ar que vinha dele é que seria possível viver. Perdi a conta das vezes em que meu estômago revirou em sua própria órbita cada vez que eu sentia meu amor ao meu lado. Tudo ao redor era melhor. E claro, a ansiedade de estar junto era imensurável.
Assim como já senti seu cheiro a metros de distância sem nem saber da sua presença e quando olhei pra trás, lá estava o meu amor, a 10 metros de distância. E toma borbulhas no estômago...
Eu sempre soube, toda vez que tocava o telefone, quando era a sua voz que eu iria ouvir e a sensação de levitação era a mesma a cada constatação de que minha intuição não havia me enganado.
E ao ouvir aquela voz rouca?

Nossa, era um verdadeiro acalanto pros meus ouvidos, bastava ouvir o tom daquela voz rouca falando, podia ser até passa a geléia, que eu me derretia e chegava a um local que nada e nem ninguém poderia me afetar.

Nenhum amor será feito com tamanha entrega, jamais, em tempo algum.
Nenhum colchão, sofá, tapete, aviões, carros, paredes de banheiros onde por mais que houvesse enorme burburinho do lado de fora de nós, nossos ouvidos só conseguiam detectar a nós mesmos. O silêncios dos nossos gemidos e respiração. Era como se o mundo parasse para que o bloco do nosso prazer passasse explodindo amor.
Vivíamos tão dentro do que construímos que éramos capazes de sentir todo o efeito de nossos orgasmos apenas no nosso olhar. E como era lindo observar em seus olhos os asteroides desenfreados a buscas de milhares de Universos. Aquelas duas jaboticabas inquietas. Mas quando se aquietavam em meus olhos, era devastadoramente irresistível.
Sentir o cheiro de sua pele era transcendental. Cada centímetro de seu corpo era adorado por mim. Regado, tratado e desfrutado por mim. Nem sei o que dizer de todos os centímetros do meu corpo que pertenciam integralmente ao meu amor.
A cor da sua pele tinha matizes que não consigo na nossa nomenclatura definir. Aquele contraste da pele muito branca com seus macios cabelos negros era a única forma de uma rubro-negra admirar um alvinegro.
Isso sem falar nas gargalhadas que habitualmente erámos acometidos. É, eu e meu amor riamos muito de tudo, nos divertíamos a valer.
Cada frase apaixonada que me era dita, me transportava a um lugar que nunca mais consegui visitar.
Todas as nossas viagens eram uma delícia sem fim.
Nunca fui de dormir em aviões. Fico escrevendo, lendo, assistindo filmes e dificilmente tenho companhia nas madrugadas, mas ficar observando o meu amor dormindo ao meu lado, me tirava de dentro daquelas ferragens e me levava para as nuvens mesmo e eu ficava lá, confortavelmente zelando por seu sono. Olhando aquela carinha de criança feliz e assim atravessávamos oceanos, continentes, meu amor dormindo e eu olhando, de mãos dadas, muito coladas e era maravilhoso. Descobrir o mundo em sua companhia era sempre um deleite.
Aprendi o que é generosidade com esse amor. Aprendi a me abrir de verdade, sem medo da interpretação. Sem mentiras, sem medir as palavras. Nós podíamos dizer tudo e era compreendido perfeitamente. Não tínhamos segredos e mesmo o ciúme era na medida certa e só nos gerava mais companheirismo e certeza de que pertencíamos somente a nós mesmos.
Eu olhava para o lado e sabia perfeitamente que era aquela exata pessoa quem eu queria amar para todo o sempre.
E amarei, para todo o sempre.
Mas grandes amores não são para serem vividos e sim para saber que existem.
E assim, não estamos mais lado a lado, mas esse amor vai ser dono do último pensamento que terei no momento derradeiro, porque foi o que deu o maior sentido pra minha vida.
Não existiu ninguém que se colocou no nosso caminho.

Não nos apaixonamos e fomos a busca de outras pessoas, não brigamos, mas nosso amor foi tão grande que nos ensinou que se não nos soltássemos, iriamos perder o mais precioso que nossos 5 anos juntos nos deu, a constatação de que fomos dignos de viver um grande amor.

Eu sei que é difícil entender que não se deixa um amor assim, mas se deixa sim e é melhor fazê-lo antes que essas visões sejam opostas ao prazer. Antes que as diferenças sejam maiores que as semelhanças. Antes que nossos caminhos se confundam e nos atrapalhem.
E assim nos desvencilhamos e fomos apostar em novos amores. Vivemos relações muito importantes, nos abrimos para que o único exercício que nos faz dar sentido a vida se fizesse. Amar é o único sentimento que importa para que possamos cumprir nossa missão aqui.
Lamento que não pudemos viver o quanto eu gostaria de viver ao lado do maior amor da minha vida - pra sempre - mas sabemos que temos outras vidas e que certamente nos encontraremos muito mais. E que pra sempre é que nem nunca, tempo pra caral...
E, com a distância, e o tempo a gente vai enxergando o grande amor sem a máscara da paixão, que nos cega sem perdão. E vamos vendo nossas desigualdades, aquilo que certamente iria nos incomodar se tivéssemos permanecido juntos, algumas diversidades intransponíveis e chegamos a conclusão de que todos os amores, dos menores aos maiores amores de nossas vidas, só servem mesmo para aprendermos, amadurecermos, desfrutar de momentos gloriosos, respeitarmos ao outro e que apesar de tudo que se diga ao contrário, o ser humano é um viajor solitário.
E assim, minha decisão foi sempre amar desenfreadamente, apostar no que encontro de interessante no meu caminho, sem ficar pensando no que foi, no que deveria ser e principalmente me reinventando a cada novo amor.
Ah! Tempo!!!! Você adormece as paixões, eu desperto.
Se roa mesmo de inveja de mim, pode me vigiar o quanto quiser para aprender como eu morro de amor para tentar reviver."

Lucia Veríssimo.

11 julho, 2011

Confissão

“Confesso que ando muito cansado, sabe? Mas um cansaço diferente… um cansaço de não querer mais reclamar, de não querer pedir, de não fazer nada, de deixar as coisas acontecerem.
Confesso que às vezes me dão umas crises de choro que parecem não parar, um medo e ao mesmo tempo uma certeza de tudo que quero ser, que quero fazer. Confesso que você estava em todos esses meus planos, mas eu sinto que as coisas vão escorrendo entre meus dedos, se derramando, não me pertecendo.
Estou realmente cansado. Cansado e cansado de ser mar agitado, de ser tempestade… quero ser mar calmo.
Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: “Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos.” Confesso que preciso de sorrisos, abraços, chocolates, bons filmes, paciência e coisas desse tipo.
Confesso, confesso, confesso.”

Caio F.

06 julho, 2011

Risadas, bate papo e premiações

(rendeu um A, merece vir pro blog)

Carla Oliveira

3º Semestre de Jornalismo - Unimep

Risadas e palhaçadas, era isso que os alunos de comunicação da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e convidados encontraram ao entrarem no corredor do bloco 2, em direção ao Auditório Verde, onde seria iniciada a mesa redonda Humor Gráfico, Design & Jornalismo e a abertura do 19º Salão Universitário de Humor de Piracicaba, que aconteceu na última sexta-feira, 10, às 19h30, no campus Taquaral da Unimep.

O motivo das risadas se deu pelos clowns (palhaços) do grupo teatral Andaime, da própria universidade, coordenado por Antonio Chapéu, que estavam vestidos com trajes incomuns (samba canção como bermuda, roupas com cores fluorescentes, rapazes com calças legging e paletós por cima, etc.) e que interagiram com o público.

Como mediador do evento, o professor Camilo Riani – coordenador do Salão Universitário de Humor – deu início à mesa redonda de uma forma inusitada: convidou um dos clowns para subirem ao palco e “dar uma palavra”. Não fosse bastante, o clown levou com ele a aluna Beatriz Bernardino, 19, do terceiro semestre de Jornalismo da Unimep, e simulou um casamento com ela, com direito até a chuva de arroz.

Segundo Beatriz, ela ficou tímida ao subir no palco, mas também achou interessante e divertido, tanto o fato de participar da brincadeira quanto a iniciativa de convidarem os clowns para interagirem com o público no evento.

Além de mediador da mesa redonda, Riani também foi “professor por um dia” para a turma do terceiro semestre de Jornalismo da Unimep, uma semana antes, no dia 2 de junho.

Além de contar a história do Salão Internacional de Humor de Piracicaba e seu primeiro ganhador (Laerte Coutinho), Riani ajudou os alunos a entenderem as diferenças entre charge, caricatura, cartoon e histórias em quadrinho.

Segundo ele, o cartoon aborda temas atemporais, é uma forma de brincadeira; a caricatura são desenhos, das fisionomias, onde ocorre a distorção anatômica trazendo a alma do retratado, “a máscara que desmascara”, como disse Riani. A história em quadrinhos já é um material sequencial, com temas variados; e a charge, conforme explicou Riani, trata de assuntos reais e atuais, que se enquadra perfeitamente nas características do jornal diário.

Com a “aula” do professor, os alunos puderam aproveitar e compreender melhor o assunto tratado no evento que contou com grandes nomes do Humor Gráfico: Dalcio Machado (Veja) – recordista em premiações nacionais e internacionais de humor gráfico (mais de 100 prêmios) –, Eduardo Baptistão (O Estado de S. Paulo) e Gustavo Duarte (Lance! e Folha de S. Paulo).

Com um telão ao fundo e o auditório quase lotado, várias imagens eram passadas durante a apresentação dos convidados, apresentando também o trabalho de cada um deles.

Regado pelo bom humor, o debate teve quase duas horas de duração e ocorreu de forma leve e instrutiva, já que, além dos alunos de Jornalismo, também estavam presentes alunos do curso de Design Gráfico da Unimep, que receberam dicas do mediador do evento professor de Design.

Diversos temas foram abordados pelos chargistas durante o evento, além das várias perguntas e comentários feitos pelo público. Entre os temas abordados, e também perguntas feitas, estava o da interferência e importância de um editor na hora de opinar ou selecionar qual charge será publicada, pois, muitas vezes, a imaturidade do chargista não é suficiente para diferenciar o que pode ou não ser publicado.

Ligado a esse assunto, foi tratado o tema de “pensar como o leitor”, pois pode acontecer de o leitor entender de uma maneira diferente da que se quis dizer. Duarte também diz que não existe uma regra para se fazer charge, que ela não tem como ser apenas de humor. “Por exemplo, em uma situação de tragédia, você tem que pensar que a pessoa tem família”, disse ele ao explicar a repercussão de um trabalho que fez após a tragédia no Japão deste ano.

A mesa redonda se encerrou quase às 22h com uma última pergunta, feita pelo aluno Filipe Sousa, 21, do terceiro semestre de Jornalismo da Unimep, que questionou sobre como separar o lado profissional do pessoal. Duarte respondeu dizendo que é realmente difícil, mas que é preciso saber dividir um lado do outro.

Com o término das perguntas e debate, houve o anúncio dos vencedores do Salão Universitário de Humor de Piracicaba, que premiou os três escolhidos pelo júri especializado, um escolhido por votação pública/internet e mais um prêmio especial/temáticos, todos prêmios no valor de R$ 1000.

Os vencedores dos prêmios especiais foram os estudantes José Antonio Costa, da UFPI (Universidade Federal do Piauí) e Rodrigo de Lira Mineu, da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado). O universitário Mineu, além do prêmio em dinheiro, também ganhou menção honrosa pelo trabalho realizado (uma charge sobre Osama Bin Laden e uma caricatura da presidente Dilma Rousseff).

No prêmio especial/temáticos, com tema focado no meio ambiente, o vencedor foi um iraniano: Saman Ahmadi e na categoria de votação pública/internet ainda não houve divulgação do ganhador.

Famoso, assim como o Salão Internacional de Humor de Piracicaba, o Salão Universitário pode, e deve, ser visitado por todos aqueles que apreciam não só a arte, mas também a cidade de Piracicaba – já que uma exposição como essa tem um grande valor cultural para o município –, que é gratuita e está exposta no Centro Cultural de Convivência (embaixo da biblioteca) do campus Taquaral da Unimep, até o dia 13 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, e aos sábados, das 8h às 16h.

05 julho, 2011

Tristeza? Pra que?

Cheguei em um nível da minha vida, não tão longa, que não quero mais nada que possa me fazer mal.

Pessoas, músicas, lugares, situações. Só vou atrás do que me faz bem.

E, por incrível que pareça, milhares de opções vêm batendo à porta pra realizar isso.

Pessoas novas, porém já essenciais e 'marcantes'.
Quero acumular dessas o máximo que meu corpo suporte!

Vem cá, me abraça, me dá um beijo, segura a minha mão e vamos ser felizes.
Porque, no fim, é só isso que importa.

Com lembranças eternas de noites mal dormidas, porém de conversas inesquecíveis.
Com uma memória de elefante que nunca me deixará esquecer daqueles sorrisos que me fizeram dar, natural e sinceramente.

Nada melhor que isso.
Quer dizer.....


Falta um pedacinho, mas sinto que essa 'parte' logo será completada. (: