22 julho, 2011
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"Pra mim, e isso pode ser muito pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta. E eu acho — e posso estar enganado — que é isso que você não tá conseguindo fazer. Como é que é? Vai ficar com essa náusea seca a vida toda? E não fique esperando que alguém faça isso por você. Ocê sabe, na hora do porre brabo, não há nenhum dedo alheio disposto a entrar na garganta da gente."
Caio F.
21 julho, 2011
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18 julho, 2011
Grandes Amores
"É, você me pergunta por que choro quando ouço “Resposta ao tempo", vou te contar.
Nossa, era um verdadeiro acalanto pros meus ouvidos, bastava ouvir o tom daquela voz rouca falando, podia ser até passa a geléia, que eu me derretia e chegava a um local que nada e nem ninguém poderia me afetar.
Não nos apaixonamos e fomos a busca de outras pessoas, não brigamos, mas nosso amor foi tão grande que nos ensinou que se não nos soltássemos, iriamos perder o mais precioso que nossos 5 anos juntos nos deu, a constatação de que fomos dignos de viver um grande amor.
11 julho, 2011
Confissão
Confesso que às vezes me dão umas crises de choro que parecem não parar, um medo e ao mesmo tempo uma certeza de tudo que quero ser, que quero fazer. Confesso que você estava em todos esses meus planos, mas eu sinto que as coisas vão escorrendo entre meus dedos, se derramando, não me pertecendo.
Estou realmente cansado. Cansado e cansado de ser mar agitado, de ser tempestade… quero ser mar calmo.
Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: “Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos.” Confesso que preciso de sorrisos, abraços, chocolates, bons filmes, paciência e coisas desse tipo.
Confesso, confesso, confesso.”
Caio F.
06 julho, 2011
Risadas, bate papo e premiações
Carla Oliveira
3º Semestre de Jornalismo - Unimep
Risadas e palhaçadas, era isso que os alunos de comunicação da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e convidados encontraram ao entrarem no corredor do bloco 2, em direção ao Auditório Verde, onde seria iniciada a mesa redonda Humor Gráfico, Design & Jornalismo e a abertura do 19º Salão Universitário de Humor de Piracicaba, que aconteceu na última sexta-feira, 10, às 19h30, no campus Taquaral da Unimep.
O motivo das risadas se deu pelos clowns (palhaços) do grupo teatral Andaime, da própria universidade, coordenado por Antonio Chapéu, que estavam vestidos com trajes incomuns (samba canção como bermuda, roupas com cores fluorescentes, rapazes com calças legging e paletós por cima, etc.) e que interagiram com o público.
Como mediador do evento, o professor Camilo Riani – coordenador do Salão Universitário de Humor – deu início à mesa redonda de uma forma inusitada: convidou um dos clowns para subirem ao palco e “dar uma palavra”. Não fosse bastante, o clown levou com ele a aluna Beatriz Bernardino, 19, do terceiro semestre de Jornalismo da Unimep, e simulou um casamento com ela, com direito até a chuva de arroz.
Segundo Beatriz, ela ficou tímida ao subir no palco, mas também achou interessante e divertido, tanto o fato de participar da brincadeira quanto a iniciativa de convidarem os clowns para interagirem com o público no evento.
Além de mediador da mesa redonda, Riani também foi “professor por um dia” para a turma do terceiro semestre de Jornalismo da Unimep, uma semana antes, no dia 2 de junho.
Além de contar a história do Salão Internacional de Humor de Piracicaba e seu primeiro ganhador (Laerte Coutinho), Riani ajudou os alunos a entenderem as diferenças entre charge, caricatura, cartoon e histórias em quadrinho.
Segundo ele, o cartoon aborda temas atemporais, é uma forma de brincadeira; a caricatura são desenhos, das fisionomias, onde ocorre a distorção anatômica trazendo a alma do retratado, “a máscara que desmascara”, como disse Riani. A história em quadrinhos já é um material sequencial, com temas variados; e a charge, conforme explicou Riani, trata de assuntos reais e atuais, que se enquadra perfeitamente nas características do jornal diário.
Com a “aula” do professor, os alunos puderam aproveitar e compreender melhor o assunto tratado no evento que contou com grandes nomes do Humor Gráfico: Dalcio Machado (Veja) – recordista em premiações nacionais e internacionais de humor gráfico (mais de 100 prêmios) –, Eduardo Baptistão (O Estado de S. Paulo) e Gustavo Duarte (Lance! e Folha de S. Paulo).
Com um telão ao fundo e o auditório quase lotado, várias imagens eram passadas durante a apresentação dos convidados, apresentando também o trabalho de cada um deles.
Regado pelo bom humor, o debate teve quase duas horas de duração e ocorreu de forma leve e instrutiva, já que, além dos alunos de Jornalismo, também estavam presentes alunos do curso de Design Gráfico da Unimep, que receberam dicas do mediador do evento professor de Design.
Diversos temas foram abordados pelos chargistas durante o evento, além das várias perguntas e comentários feitos pelo público. Entre os temas abordados, e também perguntas feitas, estava o da interferência e importância de um editor na hora de opinar ou selecionar qual charge será publicada, pois, muitas vezes, a imaturidade do chargista não é suficiente para diferenciar o que pode ou não ser publicado.
Ligado a esse assunto, foi tratado o tema de “pensar como o leitor”, pois pode acontecer de o leitor entender de uma maneira diferente da que se quis dizer. Duarte também diz que não existe uma regra para se fazer charge, que ela não tem como ser apenas de humor. “Por exemplo, em uma situação de tragédia, você tem que pensar que a pessoa tem família”, disse ele ao explicar a repercussão de um trabalho que fez após a tragédia no Japão deste ano.
A mesa redonda se encerrou quase às 22h com uma última pergunta, feita pelo aluno Filipe Sousa, 21, do terceiro semestre de Jornalismo da Unimep, que questionou sobre como separar o lado profissional do pessoal. Duarte respondeu dizendo que é realmente difícil, mas que é preciso saber dividir um lado do outro.
Com o término das perguntas e debate, houve o anúncio dos vencedores do Salão Universitário de Humor de Piracicaba, que premiou os três escolhidos pelo júri especializado, um escolhido por votação pública/internet e mais um prêmio especial/temáticos, todos prêmios no valor de R$ 1000.
Os vencedores dos prêmios especiais foram os estudantes José Antonio Costa, da UFPI (Universidade Federal do Piauí) e Rodrigo de Lira Mineu, da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado). O universitário Mineu, além do prêmio em dinheiro, também ganhou menção honrosa pelo trabalho realizado (uma charge sobre Osama Bin Laden e uma caricatura da presidente Dilma Rousseff).
No prêmio especial/temáticos, com tema focado no meio ambiente, o vencedor foi um iraniano: Saman Ahmadi e na categoria de votação pública/internet ainda não houve divulgação do ganhador.
Famoso, assim como o Salão Internacional de Humor de Piracicaba, o Salão Universitário pode, e deve, ser visitado por todos aqueles que apreciam não só a arte, mas também a cidade de Piracicaba – já que uma exposição como essa tem um grande valor cultural para o município –, que é gratuita e está exposta no Centro Cultural de Convivência (embaixo da biblioteca) do campus Taquaral da Unimep, até o dia 13 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, e aos sábados, das 8h às 16h.