15 dezembro, 2011

Cinema: filmes “cults” ou blockbusters? Legendado ou dublado?

O que você prefere? Filmes dublados ou legendados? Filmes mundialmente conhecidos ou aqueles que ninguém nunca ouviu falar e nem sequer passou no cinema da sua cidade? Dependendo da sua criação, do seu círculo social e seus gostos adquiridos, a resposta irá variar. Mas, no geral, o que os brasileiros preferem? Essa preferência deve anular a democratização dos cinemas?
Primeiramente vamos esclarecer o termo blockbuster: em sua tradução literal, o termo significa “arrasta-quarteirões”, surgido em 1975, após o sucesso do filme O Tubarão, de Steven Spielberg. Desde então, todos grandes sucessos de bilheteria (como Crepúsculo e Harry Potter) também passaram a ser considerados como blockbusters.
Não é tão incompreensível assim que os cinemas, integrantes do sistema capitalista, coloquem em cartaz principalmente – e, às vezes, apenas – os filmes que garantirão lotação em suas salas. Mas a indústria cinematográfica vai além dos filmes conhecidos mundialmente, e, muitas vezes, têm em seus diretores e elencos grandes nomes (como Woody Allen e Lars Von Trier), mas, ainda assim, não o suficiente para entrar em cartaz e atrair um público tão grande quanto os blockbusters. Mas então, o cinema deve ou não exibir atrações que satisfaçam todo o tipo de público? É óbvio que sim.
A estudante de jornalismo da Universidade Paulista (Unip), Nicole Prestes, 21, que morava na cidade de Americana conta que era difícil assistir filmes além dos hollywodianos. “A alternativa era viajar até Campinas para assistir os filmes ‘cults’ ou autorais”, conta a estudante.  Ao se mudar para Campinas, Nicole pôde aproveitar muito mais as vantagens oferecidas com as alternativas das grandes redes cinematográficas. “Ainda sim, nem todos os filmes esperados do circuito independente chegam por aqui”, acrescenta.

Mas e quando os filmes entram em cartaz, mas são em cópias dubladas? Nos últimos anos, se tornou ainda mais comum o hábito de irmos ao cinema e nos depararmos com programações com um grande espaço para filmes dublados e pouquíssimo para filmes com cópias legendadas. A última pesquisa realizada sobre o tema foi feita em 2008, pelo Sindicato das Empresas Distribuidoras Cinematográficas do Rio de Janeiro, onde foi constatado que a maioria das pessoas prefere filmes dublados (56% contra 37% para as cópias legendadas).
Um exemplo que podemos citar para mostrar a preferência brasileira por filmes dublados com o passar dos anos pode ser vista com o filme X-Men. Seu primeiro longa chegou às telonas em 2000, apenas com cópias legendadas. Em 2003, X-Men 2 já tinha 9% das suas cópias na versão dublada. Já neste ano, com o lançamento de X-Men: Primeira Classe, 53% das salas apresentaram o filme em dublado. Ou seja, em 11 anos metade das salas de cinema – e seu público? – aderiram aos filmes sem legenda.
“Isso é visto nos filmes hollywoodianos, em sua maioria, e até mesmo na opção de filmes dublados, já que ouvir é mais fácil que ler e o brasileiro 'não gosta de ler'. Precisamos de uma reeducação geral, em todos os sentidos e urgente! Só assim o cinema mais qualificado será tido como comum pela população”, explica a estudante de jornalismo e cinéfila.
Para Paula Varella Rasera, estudante de letras da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) e professora de inglês em uma escola de idiomas em Piracicaba, ela não gosta de assistir filmes dublados e acredita que, pelo tamanho da cidade, deveríamos ter mais salas de cinemas, com mais opções de filmes. “Eu acho péssimo quando os filmes só estream nas salas em versão dublada, pois perde totalmente a essência do filme”, explica.
Mas como fazer para não esperar mais de um ano para ver um filme que o mundo todo – ou o Brasil – já viu e já comentou? Onde assistir os filmes que não entram em cartaz nos cinemas das cidades do interior? As opções são limitadas, principalmente para filmes fora do circuito comercial, “na era da rapidez, e porque não efemeridade, se não for ágil, passa, se perde na memória das pessoas”, disse Nicole.
A alternativa mais eficaz se torna o download na internet. “Infelizmente todos perdem com isso. Claro, teria a opção de ir para São Paulo, onde todos os filmes entram em cartaz, nas datas prometidas pelas distribuidoras, mas os gastos são altos quando a opção do download é ‘gratuita’”, explica Nicole. Vale lembrar que muitos sites para download de filmes e séries não visam à pirataria. Pelo contrário, em suas legendas anunciam que caso tenham comprado aquela cópia, para denunciarem.
É um pouco utópico esperar que cinemas de cidades interioranas, como o de Piracicaba, exibam filmes como Melancolia ou Meia-noite em Paris? Ambos são de diretores fenomenais (Lars Von Trier e Woody Allen, respectivamente) e com atores mundialmente reconhecidos como Owen Wilson, Rachel McAdams e Kirsten Dust.
Seria interessante que as empresas cinematográficas deixassem claro para seu público os métodos para selecionar quais filmes entram em cartazes e o porquê, assim não haveria uma falsa esperança de que um filme ou outro pudesse ser visto.  Enquanto isso, os fanáticos – que vão além dos filmes ligados ao comércio e a Hollywood – esperam para que os “amigos” virtuais disponibilizem as cópias online, ou, quem sabe, alguma locadora de filme o disponibilize em DVD.

21 outubro, 2011

Feast of Love




"Todo relacionamento tem pelo menos um dia realmente bom. O que quero dizer é que, independentemente de quão amargas as coisas possam se tornar, sempre há aquele dia. Aquele dia sempre está sob sua posse. É o dia do qual você se lembra. Você envelhece e pensa: "Bem, ao menos eu tive aquele dia". Aconteceu uma vez. Você pensa que todas as variáveis poderiam se alinhar novamente. Mas elas não o fazem. Nem sempre. Certa vez conversei com uma mulher que disse: "É, aquele foi o dia em que tivemos um anjo por perto".





08 outubro, 2011

O mundo está ao contrário


O mundo tá todo errado, e ninguém reparou, ou sou só eu?
Tirar da sua fraqueza a sua força não é tão simples como dizem.
Te desafio a sentir o que sinto e sair vivo.

05 outubro, 2011

Rock in Rio: uma marca, não um estereótipo



Nas últimas duas semanas, em todos os cantos, mídias, comerciais, sites e lugares só se falavam de uma coisa: Rock in Rio! Depois de 10 anos longe das terras brasileiras, o evento voltou com toda a força que poderia. 

Considerado como o maior festival de música do mundo, não tem como não se orgulhar de ser brasileiro e presenciar um evento desses. Mas com a volta do Rock in Rio, muitas polêmicas também surgiram.

Em todos os lugares, todos criticavam o fato do evento colocar no palco artistas como Claudia Leitte, Ivete Sangalo, Shakira, Ke$ha e tantas outras atrações da música Pop. Mas o que poucos sabem, ou fingem que não sabem só para crucificarem o festival, é que ele é uma marca, e não um padrão estereotipado. 

O que muitos esquecem, ou nem vão atrás para saber, é que em NENHUMA edição do Rock in Rio só teve apresentações de Rock and Roll. Na sua primeira edição, em 1985, artistas como Ivan Lins, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Moraes Moreira e tantos outros se apresentaram, diversificando o evento.

Em 1991 não foi diferente e pudemos curtir apresentações do Roupa Nova, Ed Motta, Alceu Valença, entre outros. Já na terceira edição, em 2001, Daniela Mercury, Milton Nascimento, Orquestra Sinfônica Brasileira, Carlinhos Brown, ‘N Sync, Britney Spears, Sandy e Junior e alguns outros artistas também se apresentaram. Muitas bandas que não são de Rock, não é? Então a pergunta que surge é: quem ou da onde tiraram que o Rock in Rio é só do rock?

Além do público, esse assunto também gerou polêmica entre os artistas. Dois dos mais polêmicos, e que preciso citar, são do Tico Santa Cruz e da própria Claudia Leitte. Ambos manifestaram suas idéias e opiniões em seus blogs pessoais. Tico diz exatamente o mesmo que já disse, do Rock in Rio ser uma marca. Já Claudinha, que foi “protegida” pela rainha do rock Rita Lee, agradece pela participação no evento e tenta ignorar as críticas dos céticos que ainda acham que o evento é só do rock.

O mais engraçado era ouvir nas filas várias pessoas criticando alguns shows e apresentações e, na hora do show, ver todo o público curtindo e cantando junto. No final das contas, a maioria sempre vence, deixando prevalecer o respeito e o bom proveito que estar na cidade do rock pode oferecer.

Acredito que o evento não deixou a desejar. Ele agradou todos os gostos; não misturou públicos, como faria, por exemplo, se colocasse Metallica no mesmo dia da Katy Perry; contou com uma infraestrutura impressionante; a localização e o número de banheiros era imensa e muito bem distribuída; a quantidade de ônibus disponíveis para levar o público à cidade do rock e levá-los de volta aos terminais rodoviários do Rio de Janeiro também foi suficiente para a demanda; os patrocinadores também conseguiram agradar ao público com os brindes e atrações que visavam sempre interagir com os mesmos. Pelo menos foi o que pude ver no último dia do evento, 2 de outubro. É claro que problemas acontecem. São shows ao vivo, improvisos são necessários e estar preparado para o inesperado é inevitável. Mas, é o que dizem, a prática leva à perfeição.

Nos últimos tempos, shows e festivais têm crescido nas terras brasileiras. Ter de volta o Rock in Rio na sua “cidade natal” é maravilhoso! Espero que o público, em 2013, possa estar ciente que o evento é uma marca e que para que todo esse universo Rock in Rio aconteça, muito trabalho é realizado. Que poupem as vaias e críticas e apenas respeitem a diversidade musical que é oferecida, não só no Brasil, mas no mundo. 

Carla Oliveira,

21 setembro, 2011

Caio diz:

"O que tem de ser, tem muita força. Ninguém precisa se assustar com a distância, os afastamentos que acontecem. Tudo volta! E voltam mais bonitas, mais maduras, voltam quando tem de voltar, voltam quando é pra ser. Acontece que entre o ainda-não-é-hora e nossa-hora-chegou, muita gente se perde. Não se perca viu?"




Sei que não ousará desobedecer Caio.


"Tá me esperando na janela.."



 "Ainda me lembro do seu caminhar
Seu jeito de olhar, eu me lembro bem
Fico querendo sentir o seu cheiro
É daquele jeito que ela tem 
O tempo todo eu fico feito tonto
Sempre procurando, mas ela não vem
E esse aperto no fundo do peito
Desses que o sujeito não pode aguentar, ah
E esse aperto aumenta meu desejo
Eu não vejo a hora de poder lhe falar"

De todas as armadilhas que a vida me manda, meu maior desafio é não pensar em você. Esquecer e praticar o desapego se torna impossível depois de todas as intimidades trocadas. Os beijos parecem secos e sem graça... Só porque não vêm da tua boca.

Procuro por um desvio, um atalho, que me leve mais rápido até você, até nós. Quero nossa história, quero nossas particularidades, quero nossa vida. Não é o passado que me prende, mas sim o futuro – nosso – que teima em demorar a chegar.

Procuro pela janela em que você possa estar, me esperando à olhar o mar, com o sorriso que nunca mais apaguei da memória.

16 setembro, 2011

Amar é Punk


Meus sentimentos precisam de férias das palavras (pelo menos por um dia).
Por isso, deixo hoje com a lindíssima (canceriana) Fernanda Mello.

13 setembro, 2011

Me acompanha?

para se ouvir ao som.

Como posso dar minha risada mais sincera sem ter você ao meu lado? Todos os dias solto risos e gargalhadas com a mesma naturalidade que procuro a melodia da tua pra me acompanhar. E em pensamento te sinto, esperando que nosso último abraço ainda esteja te aquecendo.

A tua promessa do “Até Breve” ainda continua intacta em mim, assim como a que te fiz. Boto fé que na estrada que ando percorrendo, cheia de pedras, encontrarei uma flor. A que você deixou para que eu não me perdesse no meio do – nosso – caminho. 

Não preciso de muito espaço no mundo, só do teu abraço, do teu cheiro e do teu beijo, tudo inteiro.

08 setembro, 2011

Os olhos não mentem



Eram duas da manhã quando encostei a cabeça no travesseiro e relembrei do nosso diálogo. O último, no meio da calçada.
Seus olhos entregavam você, que tentava me convencer que não sentia mais. Mas você é que tentava se convencer daquilo que me dizia. Alguém uma vez me disse que temos essa mania de dizer as coisas pra nos auto convencermos dessa mentira que é viver. Devia ser isso.
Ainda espero o reencontro, em silêncio, sem que você ao menos suspeite. Sua volta é inevitável, assim como a espera.

30 agosto, 2011

Um café com teu cheiro


Ainda lembro aquele seu primeiro toque, inocente e perturbador. Eu, viciada em café, andava segurando uma xícara, quando, ao sentir seu perfume e suas mãos no meu ombro, ele todo caiu na mesa, marcando não só a toalha, mas minha vida.

Fingi que era distração e não emoção. Você perguntava onde ficava a sala de História, e eu tive vontade de perguntar se você falava da nossa.

Voltei à realidade e te expliquei que era só ir pelo corredor de fora, até o final. E você foi. Nunca mais te vi, mas te procuro por todos os cantos, em cima, em baixo, dos lados. Um dia te acho, nem que seja só para relembrar teu perfume.

24 agosto, 2011

A colcha mais bonita que vi(vi)


Depois de tanto tempo, resolvi abrir a gaveta. Aquela onde eu guardava nossas coisas. Tudo meu, tudo teu, tudo nosso. Não sei o que pensei quando resolvi guardar tudo ali, como se fosse esconder de mim a falta de não te sentir durante todos os dias, especialmente os ímpares.

Sem que eu pudesse perceber, me senti como se me segurasse pelas mãos, só por estar lendo aquela carta escrita em um dos nossos aniversários de namoro.

Ainda busco as respostas por não te ter aqui. Sou toda saudade e nossa história é como colchas feitas por avós – cheia de retalhos, coloridos e aleatórios –: a mais bonita. E única.

22 julho, 2011

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"Pra mim, e isso pode ser muito pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta. E eu acho — e posso estar enganado — que é isso que você não tá conseguindo fazer. Como é que é? Vai ficar com essa náusea seca a vida toda? E não fique esperando que alguém faça isso por você. Ocê sabe, na hora do porre brabo, não há nenhum dedo alheio disposto a entrar na garganta da gente."
Caio F.

21 julho, 2011

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"Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso, sim, acredito até o fim. O destino da felicidade, me foi traçado no berço." Caio F.

18 julho, 2011

Grandes Amores

"É, você me pergunta por que choro quando ouço “Resposta ao tempo", vou te contar.

Como digo em Usufruto, grandes amores não são para serem vividos e sim para gente saber que existem.
E no processo natural das coisas, na mesma proporção que nos entregamos a esse amor e desfrutamos da alegria de saber que se é merecedor de tal sentimento, a dor que vem da impossibilidade de vivê-lo tem a mesma proporção de senti-lo.
Também já tive falta de ar por meu amor estar por perto a ponto de ter a certeza que só respirando o ar que vinha dele é que seria possível viver. Perdi a conta das vezes em que meu estômago revirou em sua própria órbita cada vez que eu sentia meu amor ao meu lado. Tudo ao redor era melhor. E claro, a ansiedade de estar junto era imensurável.
Assim como já senti seu cheiro a metros de distância sem nem saber da sua presença e quando olhei pra trás, lá estava o meu amor, a 10 metros de distância. E toma borbulhas no estômago...
Eu sempre soube, toda vez que tocava o telefone, quando era a sua voz que eu iria ouvir e a sensação de levitação era a mesma a cada constatação de que minha intuição não havia me enganado.
E ao ouvir aquela voz rouca?

Nossa, era um verdadeiro acalanto pros meus ouvidos, bastava ouvir o tom daquela voz rouca falando, podia ser até passa a geléia, que eu me derretia e chegava a um local que nada e nem ninguém poderia me afetar.

Nenhum amor será feito com tamanha entrega, jamais, em tempo algum.
Nenhum colchão, sofá, tapete, aviões, carros, paredes de banheiros onde por mais que houvesse enorme burburinho do lado de fora de nós, nossos ouvidos só conseguiam detectar a nós mesmos. O silêncios dos nossos gemidos e respiração. Era como se o mundo parasse para que o bloco do nosso prazer passasse explodindo amor.
Vivíamos tão dentro do que construímos que éramos capazes de sentir todo o efeito de nossos orgasmos apenas no nosso olhar. E como era lindo observar em seus olhos os asteroides desenfreados a buscas de milhares de Universos. Aquelas duas jaboticabas inquietas. Mas quando se aquietavam em meus olhos, era devastadoramente irresistível.
Sentir o cheiro de sua pele era transcendental. Cada centímetro de seu corpo era adorado por mim. Regado, tratado e desfrutado por mim. Nem sei o que dizer de todos os centímetros do meu corpo que pertenciam integralmente ao meu amor.
A cor da sua pele tinha matizes que não consigo na nossa nomenclatura definir. Aquele contraste da pele muito branca com seus macios cabelos negros era a única forma de uma rubro-negra admirar um alvinegro.
Isso sem falar nas gargalhadas que habitualmente erámos acometidos. É, eu e meu amor riamos muito de tudo, nos divertíamos a valer.
Cada frase apaixonada que me era dita, me transportava a um lugar que nunca mais consegui visitar.
Todas as nossas viagens eram uma delícia sem fim.
Nunca fui de dormir em aviões. Fico escrevendo, lendo, assistindo filmes e dificilmente tenho companhia nas madrugadas, mas ficar observando o meu amor dormindo ao meu lado, me tirava de dentro daquelas ferragens e me levava para as nuvens mesmo e eu ficava lá, confortavelmente zelando por seu sono. Olhando aquela carinha de criança feliz e assim atravessávamos oceanos, continentes, meu amor dormindo e eu olhando, de mãos dadas, muito coladas e era maravilhoso. Descobrir o mundo em sua companhia era sempre um deleite.
Aprendi o que é generosidade com esse amor. Aprendi a me abrir de verdade, sem medo da interpretação. Sem mentiras, sem medir as palavras. Nós podíamos dizer tudo e era compreendido perfeitamente. Não tínhamos segredos e mesmo o ciúme era na medida certa e só nos gerava mais companheirismo e certeza de que pertencíamos somente a nós mesmos.
Eu olhava para o lado e sabia perfeitamente que era aquela exata pessoa quem eu queria amar para todo o sempre.
E amarei, para todo o sempre.
Mas grandes amores não são para serem vividos e sim para saber que existem.
E assim, não estamos mais lado a lado, mas esse amor vai ser dono do último pensamento que terei no momento derradeiro, porque foi o que deu o maior sentido pra minha vida.
Não existiu ninguém que se colocou no nosso caminho.

Não nos apaixonamos e fomos a busca de outras pessoas, não brigamos, mas nosso amor foi tão grande que nos ensinou que se não nos soltássemos, iriamos perder o mais precioso que nossos 5 anos juntos nos deu, a constatação de que fomos dignos de viver um grande amor.

Eu sei que é difícil entender que não se deixa um amor assim, mas se deixa sim e é melhor fazê-lo antes que essas visões sejam opostas ao prazer. Antes que as diferenças sejam maiores que as semelhanças. Antes que nossos caminhos se confundam e nos atrapalhem.
E assim nos desvencilhamos e fomos apostar em novos amores. Vivemos relações muito importantes, nos abrimos para que o único exercício que nos faz dar sentido a vida se fizesse. Amar é o único sentimento que importa para que possamos cumprir nossa missão aqui.
Lamento que não pudemos viver o quanto eu gostaria de viver ao lado do maior amor da minha vida - pra sempre - mas sabemos que temos outras vidas e que certamente nos encontraremos muito mais. E que pra sempre é que nem nunca, tempo pra caral...
E, com a distância, e o tempo a gente vai enxergando o grande amor sem a máscara da paixão, que nos cega sem perdão. E vamos vendo nossas desigualdades, aquilo que certamente iria nos incomodar se tivéssemos permanecido juntos, algumas diversidades intransponíveis e chegamos a conclusão de que todos os amores, dos menores aos maiores amores de nossas vidas, só servem mesmo para aprendermos, amadurecermos, desfrutar de momentos gloriosos, respeitarmos ao outro e que apesar de tudo que se diga ao contrário, o ser humano é um viajor solitário.
E assim, minha decisão foi sempre amar desenfreadamente, apostar no que encontro de interessante no meu caminho, sem ficar pensando no que foi, no que deveria ser e principalmente me reinventando a cada novo amor.
Ah! Tempo!!!! Você adormece as paixões, eu desperto.
Se roa mesmo de inveja de mim, pode me vigiar o quanto quiser para aprender como eu morro de amor para tentar reviver."

Lucia Veríssimo.

11 julho, 2011

Confissão

“Confesso que ando muito cansado, sabe? Mas um cansaço diferente… um cansaço de não querer mais reclamar, de não querer pedir, de não fazer nada, de deixar as coisas acontecerem.
Confesso que às vezes me dão umas crises de choro que parecem não parar, um medo e ao mesmo tempo uma certeza de tudo que quero ser, que quero fazer. Confesso que você estava em todos esses meus planos, mas eu sinto que as coisas vão escorrendo entre meus dedos, se derramando, não me pertecendo.
Estou realmente cansado. Cansado e cansado de ser mar agitado, de ser tempestade… quero ser mar calmo.
Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: “Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos.” Confesso que preciso de sorrisos, abraços, chocolates, bons filmes, paciência e coisas desse tipo.
Confesso, confesso, confesso.”

Caio F.

06 julho, 2011

Risadas, bate papo e premiações

(rendeu um A, merece vir pro blog)

Carla Oliveira

3º Semestre de Jornalismo - Unimep

Risadas e palhaçadas, era isso que os alunos de comunicação da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e convidados encontraram ao entrarem no corredor do bloco 2, em direção ao Auditório Verde, onde seria iniciada a mesa redonda Humor Gráfico, Design & Jornalismo e a abertura do 19º Salão Universitário de Humor de Piracicaba, que aconteceu na última sexta-feira, 10, às 19h30, no campus Taquaral da Unimep.

O motivo das risadas se deu pelos clowns (palhaços) do grupo teatral Andaime, da própria universidade, coordenado por Antonio Chapéu, que estavam vestidos com trajes incomuns (samba canção como bermuda, roupas com cores fluorescentes, rapazes com calças legging e paletós por cima, etc.) e que interagiram com o público.

Como mediador do evento, o professor Camilo Riani – coordenador do Salão Universitário de Humor – deu início à mesa redonda de uma forma inusitada: convidou um dos clowns para subirem ao palco e “dar uma palavra”. Não fosse bastante, o clown levou com ele a aluna Beatriz Bernardino, 19, do terceiro semestre de Jornalismo da Unimep, e simulou um casamento com ela, com direito até a chuva de arroz.

Segundo Beatriz, ela ficou tímida ao subir no palco, mas também achou interessante e divertido, tanto o fato de participar da brincadeira quanto a iniciativa de convidarem os clowns para interagirem com o público no evento.

Além de mediador da mesa redonda, Riani também foi “professor por um dia” para a turma do terceiro semestre de Jornalismo da Unimep, uma semana antes, no dia 2 de junho.

Além de contar a história do Salão Internacional de Humor de Piracicaba e seu primeiro ganhador (Laerte Coutinho), Riani ajudou os alunos a entenderem as diferenças entre charge, caricatura, cartoon e histórias em quadrinho.

Segundo ele, o cartoon aborda temas atemporais, é uma forma de brincadeira; a caricatura são desenhos, das fisionomias, onde ocorre a distorção anatômica trazendo a alma do retratado, “a máscara que desmascara”, como disse Riani. A história em quadrinhos já é um material sequencial, com temas variados; e a charge, conforme explicou Riani, trata de assuntos reais e atuais, que se enquadra perfeitamente nas características do jornal diário.

Com a “aula” do professor, os alunos puderam aproveitar e compreender melhor o assunto tratado no evento que contou com grandes nomes do Humor Gráfico: Dalcio Machado (Veja) – recordista em premiações nacionais e internacionais de humor gráfico (mais de 100 prêmios) –, Eduardo Baptistão (O Estado de S. Paulo) e Gustavo Duarte (Lance! e Folha de S. Paulo).

Com um telão ao fundo e o auditório quase lotado, várias imagens eram passadas durante a apresentação dos convidados, apresentando também o trabalho de cada um deles.

Regado pelo bom humor, o debate teve quase duas horas de duração e ocorreu de forma leve e instrutiva, já que, além dos alunos de Jornalismo, também estavam presentes alunos do curso de Design Gráfico da Unimep, que receberam dicas do mediador do evento professor de Design.

Diversos temas foram abordados pelos chargistas durante o evento, além das várias perguntas e comentários feitos pelo público. Entre os temas abordados, e também perguntas feitas, estava o da interferência e importância de um editor na hora de opinar ou selecionar qual charge será publicada, pois, muitas vezes, a imaturidade do chargista não é suficiente para diferenciar o que pode ou não ser publicado.

Ligado a esse assunto, foi tratado o tema de “pensar como o leitor”, pois pode acontecer de o leitor entender de uma maneira diferente da que se quis dizer. Duarte também diz que não existe uma regra para se fazer charge, que ela não tem como ser apenas de humor. “Por exemplo, em uma situação de tragédia, você tem que pensar que a pessoa tem família”, disse ele ao explicar a repercussão de um trabalho que fez após a tragédia no Japão deste ano.

A mesa redonda se encerrou quase às 22h com uma última pergunta, feita pelo aluno Filipe Sousa, 21, do terceiro semestre de Jornalismo da Unimep, que questionou sobre como separar o lado profissional do pessoal. Duarte respondeu dizendo que é realmente difícil, mas que é preciso saber dividir um lado do outro.

Com o término das perguntas e debate, houve o anúncio dos vencedores do Salão Universitário de Humor de Piracicaba, que premiou os três escolhidos pelo júri especializado, um escolhido por votação pública/internet e mais um prêmio especial/temáticos, todos prêmios no valor de R$ 1000.

Os vencedores dos prêmios especiais foram os estudantes José Antonio Costa, da UFPI (Universidade Federal do Piauí) e Rodrigo de Lira Mineu, da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado). O universitário Mineu, além do prêmio em dinheiro, também ganhou menção honrosa pelo trabalho realizado (uma charge sobre Osama Bin Laden e uma caricatura da presidente Dilma Rousseff).

No prêmio especial/temáticos, com tema focado no meio ambiente, o vencedor foi um iraniano: Saman Ahmadi e na categoria de votação pública/internet ainda não houve divulgação do ganhador.

Famoso, assim como o Salão Internacional de Humor de Piracicaba, o Salão Universitário pode, e deve, ser visitado por todos aqueles que apreciam não só a arte, mas também a cidade de Piracicaba – já que uma exposição como essa tem um grande valor cultural para o município –, que é gratuita e está exposta no Centro Cultural de Convivência (embaixo da biblioteca) do campus Taquaral da Unimep, até o dia 13 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, e aos sábados, das 8h às 16h.

05 julho, 2011

Tristeza? Pra que?

Cheguei em um nível da minha vida, não tão longa, que não quero mais nada que possa me fazer mal.

Pessoas, músicas, lugares, situações. Só vou atrás do que me faz bem.

E, por incrível que pareça, milhares de opções vêm batendo à porta pra realizar isso.

Pessoas novas, porém já essenciais e 'marcantes'.
Quero acumular dessas o máximo que meu corpo suporte!

Vem cá, me abraça, me dá um beijo, segura a minha mão e vamos ser felizes.
Porque, no fim, é só isso que importa.

Com lembranças eternas de noites mal dormidas, porém de conversas inesquecíveis.
Com uma memória de elefante que nunca me deixará esquecer daqueles sorrisos que me fizeram dar, natural e sinceramente.

Nada melhor que isso.
Quer dizer.....


Falta um pedacinho, mas sinto que essa 'parte' logo será completada. (:


21 junho, 2011

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"E eu quero mais, quero me surpreender, surpreender você. Quero voltar pra casa e plantar algum jasmim com seu cheiro. Só existe amor onde tem perfume e movimento - e seus pirulitos de framboesa distribuídos em pequenas bombonieres pela casa, e a cama que não tem tempo de se recompor, e os milkshakes de morango com cobertura de gelinhos, e os recados curtos em papel amarelo e autoadesivo. Assalto, só do sentimento residente, me mandando calar a boca e levantar as mãos para o céu. Loucuras, nunca mais. Eu voltei.

De todas as coisas que você me deu, a melhor delas certamente foi a chance de escolher, escolher você, escolher ficar contigo e atravessar com algum alívio os dias que eu quero simplesmente morrer pra não ser intimado a depor sobre o meu sumiço. Você me ensinou muitas coisas, a melhor delas, me ensinou que o amor verdadeiro sempre espera um pouco mais pelos abraços atrasados.

Foi só um susto. Um choque que você decidiu me dar pra afogar minha letargia. Pra me dar conta que livre de afeto não é viver, apenas matar o tempo. Eu me perguntava por que a gente estava perto demais e depois me questionei onde tudo se perdeu. Eu só queria perder a vontade de ligar todos os pontos de interrogação. Eu só quero você hoje. Não amanhã, não ontem, hoje. Agora. Não pra sempre - pra já."

trecho daqui.

07 abril, 2011

Um lugar de paz

Um lugar distanciado da movimentação natural das 21h, momento onde todos saem para o intervalo; é assim que encontrei esse lugar, atrás do Teatro UNIMEP.

Um lugar que impossibilita uma precisão quanto ao tamanho, pois se estende a outros lugares, como blocos, biblioteca e capela, dependendo da onde você está. Ligado ao estacionamento A da faculdade, há uma imensidão de veículos parados, como se estivéssemos em um show de uma banda extremamente conhecida e o público representasse os carros.

Segundo Gilberto Souza, um homem de meia idade, baixinho com uma barriga avantajada, motorista da van branca, adesivada como escolar, ele não gosta do lugar por ser muito frio e com muito vento, em todas as épocas do ano. Afirmou que só fica ali por ter que cuidar do veículo, por obrigação.

Colorindo o ambiente com um tom de verde, único das plantas, avistei aquele tapete natural que separava o concreto do meio ambiente, que estava sobre um leve declive– como naqueles onde crianças escorregam sentadas em pedaços de papelão – , as palmeiras (ao todo, oito) – ou seriam coqueiros? – que tinham suas folhas balançadas pelo vento, que não cessava seu movimento por nenhum instante e fazia com que elas emitissem um som que só pode ser ouvido no mais gostoso silêncio, como em um fim de semana na fazenda, longe de movimentos, carros e poluições sonoras.

Assim como o som das folhas e árvores, o aroma do lugar também se assemelhava a de um fim de semana no campo, longe da poluição. Pude sentir o cheiro do ar, puro. Aquele que você puxa ele, enche o pulmão e solta com o maior gosto sem ter o nariz irritado ou sentir uma gota de poluição entrando em você. Foi como estar em outro lugar, diferente do de Piracicaba.

Outra comparação que posso dar é em relação com a vista que podemos ter ao olhar para o céu. Sabe quando você está em um passeio noturno pela praia, mas dessas praias mais ecologicamente corretas, sem luzes artificiais ou iluminações intensas, e as estrelas são quem te iluminam? É justamente assim que me sinto lá.

Mesmo com uma iluminação artificial baixa, se você olhar para cima irá se deparar com o céu mais estrelado da cidade – falo isso porque até hoje não encontrei nenhum lugar mais estrelado do que aqui. É uma infinidade de estrelas que te fazem ficar simplesmente maravilhado. Coisa impossível de se ter andando pelo centro da cidade, devido às fumaças e grande quantidade de luzes artificiais.