08 junho, 2015

Quando o nó aperta e sufoca

Um nó sufoca. Dois nós vira a gente em um abraço apertado.


Sabe aqueles dias em que você acorda com um aperto no coração, sem explicação? O aperto simplesmente chega, assim como nasce um fio de cabelo branco: inesperadamente e sem convite prévio.

Alguns acreditam que esses apertos podem ser gases. E podem mesmo, sabia? Mas não é o meu caso. Assim como também não é derrame. Estou muito nova pra isso – se é que existe idade para esse tipo de coisa.

Costumo sempre ter o coração esmagado por intuições. Elas nunca falharam e essa mania certeira do meu “terceiro olho” sempre me tira um pouco do chão, porque vira e mexe é você quem me aparece dentro da cabeça me instigando que algo pode estar errado. Se estiver, você me procura? Espero que sim, mesmo sabendo que não.

De qualquer forma, não é isso também. Acho que é saudade sabe? Tanto tempo se passou no meu calendário desde nossa última conversa, mas continuo sonhando contigo. Ao menos uma vez por mês tu me encontras pelas nuvens que se cruzam nessa viagem intergalática dos sonhos e é sempre tão semelhante. Não os sonhos, mas os significados dentro deles. Eu te conto sobre todos eles, se um dia quiseres. É só me falar.

Por mais contraditório que possa soar, parece que minha alma, quando está livre para ir onde quiser e fazer o que bem entender, ainda não aprendeu a viajar em direções opostas a você.

E como todo sonho bom, ao mesmo tempo em que é prazeroso te ter bem perto de mim por alguns minutos nesse mundo onde o céu é o limite (ou será que o tempo do mundo dos sonhos corre em anos? Deve correr, visto que acaba tão depressa), também é angustiante abrir os olhos e não te enxergar nessa minha realidade tão colorida, mas que não tem suas mãos para me mostrar que a palheta de cores é ainda maior do que as que tenho usado no quadro da vida.

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