11 março, 2009

Biografia


Tudo começou na manhã do dia 18/07 de 1991, na cidade de Limeira/SP. Exatamente às 08:31. Acredito que ninguém tenha idéia do que se passa quando você nasce, até porque eu não conheço ninguém que se lembre desse dia, a não ser seus pais e parentes. Com os anos fui descobrindo que aquela mulher que sempre me dava de mamar, eu poderia chamar de mãe. Que aquele cara que sempre brincava comigo no balanço, eu poderia chamar de pai. E aquelas duas crianças de 4 e 8 anos mais velhos que eu, eram meus irmãos.
Com 3 anos me mudei pra Piracicaba/SP, e eu nunca fui das crianças mais pentelhas, nem das mais quietas. Eu sei que eu adorava conversar, isso é fato. Eu ainda me lembro do amigo secreto da minha pré-escola.. Era incrível a minha capacidade de não permanecer quieta! Acredito ter sido, também, uma criança muito apegada a certas pessoas; como no maternal, onde se a ‘tia Paula’ não estivesse lá, eu não entraria na escolinha. Aliás, dias desses atrás eu estava com minha mãe e ela reconheceu essa ‘tia Paula’, e foi até ela.. Ela contou um dos fatos mais admiráveis, pelo menos pra mim. Ela nomeou a filha dela de Carla, justamente pelo fato de o afeto de anos atrás entre eu e ela ser consideravelmente grande; quando ouvi ela contando isso foi inevitável eu não me sentir querida.. Por uma pessoa que eu não tinha nem idéia que eu já tinha conhecido.
Os anos se passam e eu entro na 1ª série. Não tenho lembranças fresquinhas sobre essa época, eu posso dizer que era uma época boa, e lembro bem de quando os adultos sempre diziam ‘eu queria poder voltar nessa idade’, e eu pensava ‘e eu queria ter sua idade!’. É mesmo estranho, mas hoje faz muito mais sentido o que os adultos me diziam do que o que eu pensava. Na escola eu sempre fui uma menina alegre, adorava brincar, correr, jogar futebol. Eu também cheguei a acreditar naqueles ‘mitos’ da loira do banheiro, e hoje em dia eu simplesmente rio com essas histórias mais absurdas do mundo! Nessa época, ainda, eu ia bastante para a casa da minha avó; na verdade, eu e meus irmãos, mas com o tempo eles foram crescendo e deixando de ir, aí quem continuou indo era eu mesma. Lá era bem divertido, minha avó tinha uma dessas piscinas de fibra no quintal, e a gente sempre nadava nela. Tinham as brincadeiras na rua com os amigos do meu primo, a que eu mais gostava era de jogar taco. Mas assim como meus irmãos, eu cresci e parei de visitar a casa da minha avó com a freqüência que eu visitava antes.
4 anos depois eu estava entrando na 5ª série; muitas coisas novas. Amizades, escola, matérias, ‘responsabilidades’. A vida não mudava muito, eu ainda era uma criança, mas uma criança deixando de sê-la. Nessas idades que a gente realmente começa a nos descobrir, a formar nossas personalidades, nossos gostos, nossas amizades, e comigo não foi diferente. É claro que sempre tem aquela época em que queremos ser as mais legais e ‘descoladas’; e nessa minha época eu encanava de ser a roqueirinha, que ouvia Avril Lavigne e usava all star. Conseqüentemente eu andava com pessoas roqueirinhas da minha escola.
Com 11 anos eu inventei de dar meu primeiro beijo, se é que aquilo pode ser considerado um beijo. Foi a coisa mais ridícula do mundo, e é óbvio que seria. Eu era uma criança que nem sabia porque estava fazendo aquilo com aquela pessoa. Foi até que bem nojento se eu for parar pra pensar; mas essas partes eu prefiro não parar pra pensar, e simplesmente deixar passar. E o pior é que eu repeti várias vezes esses beijos bizarros, e eu super achava que arrasava, e hoje eu consigo ver que foi uma das coisas mais idiotas que eu já poderia ter feito; eu nem sequer gostava daqueles meninos. Na verdade eram beijos mais de ‘ir na onda’, já que todo mundo estava começando a ficar com ‘todo mundo’, porque não eu? É bem coisa da sociedade, de se encaixar no que todo mundo faz, no que todo mundo julga normal (mesmo achando que essa atitude de quando eu tinha 11 anos não ser das mais normais), no que ELES julgam ser o melhor.
Passaram-se alguns anos e algumas (muitas) coisas mudaram. Desde meu jeito de pensar, de agir, de viver, até o meu jeito de amar. Eu não mais me importava se os outros pensassem isso ou aquilo, eu não mais me importava em ser o que a sociedade julgava ser o melhor, eu não queria ser a roqueirinha, e sim uma pessoa que ouvia o que agradasse seus gostos e desejos. Comecei a ter a vida social que todo mundo sempre quer ter. Saídas com as amigas, não mais sendo apenas idas ao shopping aos sábados à tarde. Eu nunca fui de querer ir nas baladas em boates que todo mundo ia; eu sempre preferi ir num showzinho com uma banda legal, ou um barzinho com boas companhias e música ao vivo. Nunca fui daquelas de que os beijos são quantidade, e sim da qualidade.. Mesmo algumas vezes beijando muito mais quantidade do que qualidade. Nunca fui das alunas mais dedicadas ao estudo, tanto que quando eu estava no 1º colegial, em 2006, de tanto matar aulas ‘perdi’ um ano. Mas eu não vejo esse perder com tanta negatividade.
Nesse mesmo ano de 2006 eu parei de estudar, mas não totalmente. Fiz aulas ‘particulares’ e de inglês, e amadureci muito. Muitas coisas que eu nem pensava em fazer, eu comecei a planejá-las, principalmente sobre as questões relacionadas à faculdade. Sempre fui bastante encantada com o sul brasileiro.. Nunca entendi o porque, mas sempre adorei lá. E desde o começo dos meus ‘planos’ universitários, minhas opções sempre foram de ir para lá.
Em 2007 entrei em um novo colégio. Totalmente perdida, já que eu não conhecia ninguém. Mas com o tempo novas amizades foram surgindo, novas afinidades, novos e eternos afetos. A cada dia que se passava, mais eu ia descobrindo pessoas maravilhosas naquele colégio; com uns mais, outros menos, óbvio. E falando em afetos, eu pude descobrir que a letra da música da grande Marisa Monte não diz mentira ("Pois tudo o que se sabe do amor é que ele gosta muito de mudar; E pode aparecer onde ninguém ousaria supor..."), tanto nas amizades como nas paixões. Às vezes aquela amizade surge do nada, e fica pra sempre; e pessoas que estão na sua vida há tanto tempo não conseguem ter nem metade do afeto, da confiança e da intimidade que outras pessoas conseguem conquistar tão fácil. São coisas que não se tem como explicar, devem ser coisas de outras vidas. E agora no caso das paixões; com certeza todo mundo já se machucou, e já machucou alguém, e, obviamente, comigo não seria diferente. Assim como não seria diferente no caso daquelas juras de ‘eu não vou mais me apaixonar por ninguém’, e na semana seguinte estar caída de paixões novamente. Mas eu não me arrependo de nenhuma de minhas ações, de nenhum amor, de nenhuma paixão, de nenhuma amizade, de nenhuma verdade dita, de nenhuma mentira ou omissão. Porque se é pra fazer, que seja pra NÃO se arrepender; eu até prefiro deletar essa palavra do meu dicionário.
E aqui estou eu, em 2009, com quase 18 anos e cheia de neuroses. É o tal do vestibular, o medo de escolher a carreira errada, as pressões em cima de você pra estudar, as paixões que vem e vão (e também as que permanecem), as amizades que crescem, e as que se perdem pelos caminhos escolhidos, o último ano de colégio. São tantas mudanças pra um só ano que eu até tenho medo de não conseguir acompanhá-las. E como não me resta nada a fazer, eu vou tentando seguir pelo melhor caminho, pelo MEU melhor caminho. Não evitando a paixão, porque eu sei que ela é mais forte que eu, então não vou lutar em vão; não deixando os dias passarem por mim; não deixando os medos serem mais fortes que a coragem; não deixando as pressões me pressionarem mais do que pressionam naturalmente; não deixando que as pessoas realmente importantes se afastem totalmente de mim; e não deixando de viver.

4 comentários:

Unknown disse...

Quando você segue seu corção, o seu caminho vai exatamente onde deve ir! ;*

Cintia Ramos disse...

Carlita!!!
QUerida...que eu tbem seja uma pessoa importante na sua vida querida.
Gosto muito de vc!!

Anônimo disse...

espero ser uma dessas suas paixões!
eu te adoro.

Felipe Sampaio disse...

Caraca.

=]