13 junho, 2013

O amor existe?

Às vezes paro e me pergunto se o amor - aquele idealizado e inspirado nos filmes água com açúcar - realmente existe. Não é ceticismo ou desilusão romântica, acredito que seja somente canseira: de esperar ou acreditar, não consegui definir ainda.

Será que, de fato, existe uma pessoa te procurando, no mesmo momento em que você procura por ela? Aparentemente, uma alma busca por outra que, naquele momento, não está procurando nada com nenhuma outra alma (isso se ela não estiver presa em algum relacionamento passado que ela recusa deixar passar dentro de si); e assim sucessivamente. Será que o amor é que não existe ou são as pessoas que não o deixam acontecer?

Não acredito em momentos errados, a gente conhece quem tem que conhecer no segundo que o encontro acontece. Acredito unicamente que toda e qualquer relação exija disposição e trabalho, recíproco, para acontecer. Segundos encontros não acontecem ao acaso, é preciso ligações no dia seguinte, demonstrações de afeto e sentimento sincero.

Não sei dizer se é a minha Vênus em Virgem ou o tempo que me endureceu, mas não consigo visualizar a cena de ser pedida em casamento. Não visualizo a cena de, em um domingo de manhã, preparar - ou receber - um café da manhã na cama para alguém. 

Deixo as portas abertas para quem quiser se aproximar e chegar o mais perto possível: todo aquele que quiser deixar minha casa mais feliz é bem vindo. O problema é que, pelo que vejo, ninguém mais está interessado em alegrar a casa de ninguém, a não ser a sua própria. E não me excluo dessa lista. Com o tempo e a convivência com essa geração - a minha -, fui obrigada a também pensar mais em mim. Se um dia receberes minha doçura e atenção, é porque foi merecido tê-la e pelo meu lado canceriano nunca me deixar desacreditar de poder encontrar alguém que seja merecedor da minha atenção e preocupação excessiva, desse meu romantismo que não morre.

Será que o tempo se encarregará de mudar as ideias de hoje? No fundo, no fundo, espero que sim.

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